quinta-feira, 20 de maio de 2010

Defesas

Abro os trabalhos deste blog com um tema que me agrada muito: o futebol.

Atenho-me aqui a um fenômeno que há muito tenho observado no nosso esporte bretão, o predomínio das defesas sobre os ataques.

Gordon Banks, considerado por muitos como o autor da maior defesa praticada numa partida de futebol em todos os tempos não saiu comemorando como se houvesse ele mesmo feito um gol, pelo contrário, posicionou-se compenetrado abaixo de sua meta pronto a realizar seu trabalho de impedir o momento máximo do esporte mais uma vez.

Cerca de quarenta anos depois da famigerada copa do México o que se nota é que em jogos de relevância infinitamente menor que os de um mundial, goleiros ao praticarem defesas simples comemoram como se houvesse feito o gol de um título. Cito os casos do jovem Felipe do Santos e de Fábio Costa da mesma equipe.

O universo das defesas “goleadoras” ou “desgoleadoras” tem em Cicinho também um grande exemplo. O lateral que ultimamente demonstra muito pouco daquilo que havia sido antes de sua fracassada ira para a Europa, dá-se ao luxo de comemorar bolas isoladas pela linha lateral.

Isso para não citar os exemplos “brucutus” do futebol europeu, como Mascherano, Gattuso e Gago, de grandes equipes do velho continente e negociados a peso de ouro, que desfilam sua desqualificada prática futebolística por onde passam.

Um viva às defesas.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Manifesto Ensaísta

Todas as pessoas buscam em algum momento comunicar-se da forma que mais lhes apetece. Os que ouvem muito possivelmente gostariam de falar mais, os que leem bastante inexoravelmente anseiam escrever à altura de seus autores preferidos. Como professor de literatura, desenvolvo um processo contínuo de “desconstrução” do trabalho alheio. Pretendo neste espaço arriscar-me a realizar o processo inverso e construir textos nos quais possa aplicar ao mundo do cotidiano uma pitada do literário. Com isso os artigos, crônicas e demais aspirações que se seguirão são a base de sustentação do Manifesto ensaísta. Somado a isso, pretendo publicar aqui parte das pretensões literárias de amigos, colegas de profissão e convidados.

O que se espera aqui é a cultura do ensaio, do texto livre, do texto sem rédeas ou restrições que não sejam as do autor. Bienvenidos.